quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Voltas às Aulas

Não. Não estou fazendo propaganda do evento que estaremos realizando na próxima sexta-feira, 7, lá no Itapuí, com as bandas BackStage e Segura Emoção. Caso fosse, diria que os ingressos custam apenas R$ 10,00 antecipados e associados em dia com identificação não pagam. E complementaria alertando que, quem precisasse de convite deveria entrar em contato pelo fone 3491-1494. Mas não é o caso.

Falo da retomada aos estudos na faculdade.

Nesse semestre, ingressei na fase final do curso de jornalismo – provavelmente entre o sétimo e oitavo semestre – e confesso que estou receoso. Esperava um pouco mais. Talvez de mim, ou mesmo do Curso. Olho ao redor e vejo muita gente ruim ao meu lado – o que, em tese, seria bom – e não me convenço. Claro que tem muita gente boa como o Rodrigo, o Leandro, o Rafael, o próprio Guilherme - formado já - que escreve aqui no Tisserand, dentre muitos outros. Mas a questão é que em grande parte, ou os textos são ruins, ou os jornalistas escrevem para jornalistas e não para leitores, assim como as mulheres que se vestem para outras mulheres e não para os homens.


Jornalista Sem Noção

Um fato curioso ocorreu na aula de Redação experimental em jornalismo comunitário, essa semana. Resumindo: A disciplina consiste em produzir um jornal comunitário para a comunidade da Vila Brás, em São Leopoldo - pelo que foi transmitido pelo Professor, uma Vila carente e com altos índices de violência, contudo, com grande carinho e apreço pelo Jornal Enfoque.

Estávamos na reunião de pauta e o Miro contou sobre uma matéria feita anteriormente intitulada “Um Dia de Princesa”, onde os alunos-repórteres levaram uma garotinha carente da Brás, e deram um “banho de loja”, na menina, que ficou realizada. Uma história clichê, mas boa. Gostei da idéia. Logo veio a minha versão: Levar um gurizote pela primeira vez ao Beira-rio. Estava quase falando para o que seria o meu grupo quando uma das colegas interpelou entusiasmada.

- Vamos levar uma criança de lá ao templo budista em Três Coroas -, sugeriu.

Putz. Uma criança carente ia gostar de ir num templo budista? Você, que está lendo isso agora, gostaria de ir num templo budista? Preferi me abster de qualquer comentário. Foi uma das coisas mais absurdas que já vi na faculdade. Veja bem, opinião minha. Pode ser que uma criança fosse adorar ficar lá no “aummm”. Sei lá. Achei fora de contexto. Creio – novamente no meu ponto de vista – na possibilidade de a repórter querer tornar a “pauta-culta”. Para que, quando alguém fosse ler a matéria pensasse “Olha só que jornalista culta, levando uma criança a um templo budista”. Como se fosse. Algo parecido com o que o Rodrigo citou no Blog dele em relação ao ouvir Chico Buarque.

Abandonando a barca do grupo que nem havia entrado, sugeri a pauta ao professor, e, para minha alegria, existiam outras pessoas sensatas - como a Raquel - que gostaram da idéia. Uns gremistas farão do Olímpico. Acho que será mais atrativo para os pequenos conhecer a Dupla.

Agora é só marcar a ida ao Beira-rio.



Fabio

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Cansaço

Eles não entenderam que o bater de asas dos pássaros não imita a paralisia dos aviões,
mas a dança frenética de moinhos e cataventos.

Eles não entenderam que o rubor da rosa não acusa vergonha,
mas amor em demasia.

Eles não entenderam que árvore abre os braços à espera de um abraço,
e não apenas para sustentar frutos.


Pois uma hora dessas eu me canso de explicar.


Guilherme