sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Coisas que Não Entendo

* Peço desculpa aos leitores que ainda acessam o blog, pelas significativas demoras nas atualizações. Só que no momento estou em dois empregos, enquanto o Guilherme está sem computador em casa.


Não sei se é por costume ou imposição da mídia, mas, sempre estamos com um assunto polêmico para iniciar uma discussão, seja com os amigos, conhecidos, ou até mesmo em uma parada, enquanto o ônibus não chega. Às vezes, fatos sem muita relevância para nós, como a morte da Lady Di; outros de maior importância como o “buraco no metrô”, e, por último, o caso do “menino do rio”, que chocou a todos – para encurtar deixei de fora a morte do milionário da mega sena, crise na aviação, caso “richtofeen”, dentre outros que, já foram nossas pautas, e, rapidamente esquecidos.

Cada um com sua repercussão. O último, ainda em bastante destaque pela Imprensa, trouxe a tona algumas discussões que estavam sendo deixadas “de lado”, pelos políticos. Uma delas é a questão da diminuição da maioridade. Sinceramente, não sei se essa seria a melhor opção. Assim como grande parte de quem estiver lendo isso, também fiquei revoltado com a barbárie acontecida no Rio. Mas acredito que para uma real mudança acontecer, precisa haver um empenho maior da população. A situação está complicada e todo mundo faz que não vê. A desigualdade aumenta e é costumeiro ouvir que “eu não posso resolver os problemas do mundo”, ou frases nesse sentido. Esta na hora da sociedade começar a rever seus conceitos antes que este caso seja esquecido, assim como os outros estão sendo. Logo acontece novamente, mais uma vez ficamos chocados, e segue tudo na mesma.

Entretanto, penso que tudo tem o seu lado bom. Um fato que considero positivo nessa história toda, se é que se pode dizer assim, foi a aprovação na Câmara de Deputados um projeto de lei, que aumenta o tempo mínimo na progressão de pena para o regime semi-aberto, em casos de crimes hediondos - até o momento é de um sexto. Se for aprovado, passará para dois quintos. Posso estar falando uma grande bobagem – não manjo muito de direito, se tiver me equivocando, comentem – mas o que eu não entendo é a razão do cálculo a ser feito para a progressão do regime, a partir do tempo máximo que o detento pode ficar preso, ou seja, 30 anos. Na minha linha de raciocínio, o correto seria contar um sexto da pena – agora poderá ser dois quintos -, do tempo de pena real (alguns casos chegam há 100 anos). Sei que não é permitido ficar tanto tempo na prisão e blá blá blá...., mas se o sexto de pena fosse por uma condenação de 60 anos, o justo seria que bandido tivesse que ficar 10 anos, e não cinco, calculado nos 30 anos de tempo máximo. Não entendo mesmo. Por ai que a coisa tem que mudar. A bandidagem faz o que bem entende, deixa a população aterrorizada e, em pouco tempo, já está apta para o regime semi-aberto. De volta à Sociedade.


Fabio

4 Comentários:

Blogger Leandro Luz disse...

discordo de ti, Fabio. Primeiro, se um cara trepa e faz filho antes dos 16 anos... ele esta ciente q trepar, sem os devidos métodos contraceptivos, pode acabar na gravidez da parceira. Certo?

Segundo: o cara arrasta um menino por 7 km, preso num cinto de segurança, ele nao esta ciente d q pode cair em cana... certo?

Cara, pena de morte para um fedelho de merda destes...

Respeito tua opiniao, mas discordar é preciso. A sociedade nao ajuda, mas ela mesmo ferra com tudo votando nos mesmos... nosso futuro é negro, cara. Abraço e 2 empregos nao é desculpa para nao escrever no blog. Atualiza no trabalho, mata o cafezinho e manda bala!

2:15 PM  
Blogger m. disse...

Eu também não acho que a diminuição da maioridade seja a solução.Jogar um adolescente que assaltou numa cela junto com estuprador,assassino etc não vai adiantar.Mas tem uma coisa,rever as punições para crimes hediondos cometidos por menores é essencial!!A confiança na impunidade dá muita coragem à eles. O problema é que no Brasil, querem resolver os problemas nas consequencias,não nas origens,né?!É o velho clichê : educação!Não tem pra onde correr.

Muito bom o post.Gostei muito do blog!

1:07 AM  
Blogger Unknown disse...

cara eu não sou a favor da diminuição da maioridade penal, uma vez que o pia entra na cadeia apenas como assaltante de 1º(acho q assim q c fala) por rouba pra come e sai de lah "formado" como traficante, assassino, estuprador...

sou a favor de uma punição maior para os casos como este o do menimo arrastado no Rio...

tmbm sou a favor de uma reformulação nas penas penitenciarias, porra! c o cara eh punido a 100 anos de prisão q cumpra esse 100 anos, a mim não interessa o bom comportamento dele, c ele eh amigo do faxineiro, c ele c alimenta corretamente, c ele faz as lições de casa... alguma coisa ele fez pra ser condenado a 100 anos onde o juri por unanimidade o condenou a isso...

o brasil tah virando terra sem lei, onde tds fazem o q qerem e não são punidos isso desde politicos até o ladrão d galinha...

textinho bom d ser descutido em grupo!bom tema tmbm!abraço...

1:58 PM  
Anonymous Anônimo disse...

É interessante a dimensão que tomou esse caso do menino do rio. Talvez pela idade dele; talvez por ser filho da classe média carioca. Mas é engraçado como algumas velhas cabeças gostam de usar situações pontuais para tomar medidas genéricas - reivindicação clássica a diminuição da maioridade penal.

Foi um ato bárbaro e inexplicável arrastar o guri por sete quilômetros. Mas foi tão bárbaro e tão inexplicável quanto a negligência dos engenheiros e das autoridades paulistas que colocaram panos quentes sobre os estudos que apontavam falhas na construção da linha de metrô que ruiria e mataria um bocado de gente por lá.

Quem quer arrastar por sete quilômetros os caras que prenderam o João no cinto de segurança, tem de ser coerente e querer enterrar o Serra, o Lembo e todos os responsáveis pelo desastre paulistano debaixo de alguns caminhões de terra.

Guilherme

6:14 PM  

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