Lembranças...
De uns 10, 12 anos para cá, não faço a contagem regressiva para o Natal desde outubro. O feriado do bom velhinho passou a ser apenas mais uma data comemorativa. Na minha infância, tinha outra visão de tudo.
Desde cedo tive problemas com a timidez. Não gostava nem um pouco da idéia de ter que ir ao Cantinho da Criança todos os dias. Fizesse chuva ou sol, meu destino estava selado. A Kombi do tio Antônio me largaria para mais um dia entre estranhos. Por estar no auge dos meus três, quatro anos, não recordo o nome de nenhuma ‘tia’. Pra falar a verdade, não lembro de ter amigos. Acho que não era o único.
Lá, tudo era previamente calculado. Hora de brincar, hora de lanchar, hora de tomar banho. Ao aproximar-se a hora da recreação era o ápice da criançada. Os maiores usavam da força para conseguir os brinquedos que queriam. Infelizmente, eu era da turma dos oprimidos. O meu corpo sempre magro, não ajudava nem um pouco em situações de conflito. Preferia caminhar pelo pátio, naquela época, imaginava-o imenso.
Em um dos meus passeios, conquistei minha primeira amiga. Foi uma vitória. Toda vez que sentia uma dúvida, ia consultá-la. Falava de meus medos, minhas histórias, e ela sempre atenta, ouvia tudo, sorridente.
Depois de alguns dias, criei uma intimidade maior e começava a ficar feliz. A vontade. Minha felicidade estampada no rosto foi o suficiente para a coordenação da escolinha chamar meus pais.
- Ultimamente, o Fábio tem conversado com uma árvore.
Fabinho
Feliz Natal a todos!
Desde cedo tive problemas com a timidez. Não gostava nem um pouco da idéia de ter que ir ao Cantinho da Criança todos os dias. Fizesse chuva ou sol, meu destino estava selado. A Kombi do tio Antônio me largaria para mais um dia entre estranhos. Por estar no auge dos meus três, quatro anos, não recordo o nome de nenhuma ‘tia’. Pra falar a verdade, não lembro de ter amigos. Acho que não era o único.
Lá, tudo era previamente calculado. Hora de brincar, hora de lanchar, hora de tomar banho. Ao aproximar-se a hora da recreação era o ápice da criançada. Os maiores usavam da força para conseguir os brinquedos que queriam. Infelizmente, eu era da turma dos oprimidos. O meu corpo sempre magro, não ajudava nem um pouco em situações de conflito. Preferia caminhar pelo pátio, naquela época, imaginava-o imenso.
Em um dos meus passeios, conquistei minha primeira amiga. Foi uma vitória. Toda vez que sentia uma dúvida, ia consultá-la. Falava de meus medos, minhas histórias, e ela sempre atenta, ouvia tudo, sorridente.
Depois de alguns dias, criei uma intimidade maior e começava a ficar feliz. A vontade. Minha felicidade estampada no rosto foi o suficiente para a coordenação da escolinha chamar meus pais.
- Ultimamente, o Fábio tem conversado com uma árvore.
Fabinho
Feliz Natal a todos!
4 Comentários:
Pena que essa mania não acabou com o tempo. ahuhauuhahua
Abraço
Guilherme
ahhh nah!tu estudo no cantinho da criança e pego kombi com o tio Antônio, vsf! soh falta dize q estudo com o miltinho, tmbm!hehehe... talvez tenhamos estudado juntos lah tmbm...
abraço
Pitt
Bah, já metia uma canha no tempo do tio antonio? Putz... uahuahuahuahuahuhuahuahuahuahuhuahuahuahuhuahuahuhuahuhuahuahuahuahuahuhuahuahuhuahuahuhuahuahuhuahuahua
Tu já era esquizofrênico desde de pequeno Fabão...e vem nos aplicar que é recente...hehehe...
Abraço...
Pedro...
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