Desencanto
Um dia o desencanto simplesmente invadiu a casa e estirou-se pelos cômodos. Um dia ele reparou nos olhos marrons que tanto lhe fizeram bem e chorou pela indiferença que sentia: os matizes que antes brilhavam com deleite estavam desbotados e enfraquecidos.
Um dia ela deixou o tempo escorrer longe dele. E na solidão prolongada esvaiu-se em desejos promíscuos. Os segundos, os minutos, as horas passaram vagarosamente. Num frescor desconhecido e sedutor.
Guardaram as fotografias, dividiram os cds, rasgaram as poesias; e a lembrança desmoronou aos poucos, como os grãos fininhos e nada apressados de uma robusta ampulheta.
Monologaram em diferentes locais da cidade; sob o som da televisão e o estalido sincronizado do relógio: enfim, sós.
Guilherme
Um dia ela deixou o tempo escorrer longe dele. E na solidão prolongada esvaiu-se em desejos promíscuos. Os segundos, os minutos, as horas passaram vagarosamente. Num frescor desconhecido e sedutor.
Guardaram as fotografias, dividiram os cds, rasgaram as poesias; e a lembrança desmoronou aos poucos, como os grãos fininhos e nada apressados de uma robusta ampulheta.
Monologaram em diferentes locais da cidade; sob o som da televisão e o estalido sincronizado do relógio: enfim, sós.
Guilherme
1 Comentários:
Objetivo, condensado...em poucas palavras resumiste o q acontece com muitos. Parabéns e abraço!!!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial