sexta-feira, julho 28, 2006

Por quê não Experimentar?

Sabia que era proibido. Ou ao menos tentaram coibir algum dia. Na minha infância nem imaginava direito o que era, mas com a chegada da adolescência, as coisas foram mudando. A tendência para a esquerda fortalecia cada vez mais à vontade de experimentar. Tinha que sentir como era. Com a entrada no segundo grau, acabei não resistindo.

Nas primeiras vezes nem sabia direito o que estava fazendo. Fiquei meio desiludido. Não foi como esperava. Com o tempo, peguei prática. Em meses já sabia apreciar um fininho como ninguém. No auge, consumia dois, três, de barbada. Os mais atarrancados é que me derrubavam. (até hoje tenho dificuldade).

Descobri um novo mundo. Conheci novos lugares, novas sensações, e, tornei-me livre. Passei a ver a vida de outra maneira, tranqüilo e sereno. Basta deixar o olhar se perder e pronto. Uma leveza toma conta do corpo, os membros paralisados deixam a mente viajar por campos verdejantes, acolhendo a brisa tênue, que calmamente vem descendo do céu. Ah, como é boa essa sensação. Poder se sentir onde quiser e como quiser sem precisar sair do lugar. É maravilhoso. Tenho que admitir, nem sempre é bom. Às vezes um fininho não cai muito bem e passo por maus bocados.

Com o nosso amadurecimento, todos meus amigos acabaram experimentando. Quer dizer, o Ézio insiste em não querer desfrutar desse alucinógeno maravilhoso. Se bem que, ultimamente ele tem ingerido algumas substancias de baixíssima qualidade. Estou preocupado. Os demais consomem em quantidades variadas. O Guilherme, por exemplo, com um fininho já faz a cabeça, enquanto o Pitt é mais forte, precisando de dois ou três para surgir algum efeito. O Pedro de vez enquando se puxa um pouco mais. O Leal é o menos esforçado de todos. Muito raramente da uns “tapas”.

Sei que isso já faz parte da minha vida. Fico feliz de ter entrado e colocado gente nessa barca. (Será que deveria?). Não consigo imaginar-me acordando todas as manhãs, sabendo que não teria um fininho a minha disposição, para ser desfrutado a hora que quiser. Tento manter a média de um por semana. Mas, invariavelmente surgem outros e mais outros de tamanhos variados. E pensar que em algum momento da vida tive medo do novo. Ah! Como é bom consumir um ... Livro.

Agora te pergunto. Por quê não experimentar?




Fábio

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Bah!! Muito bom o teu texto Fabão...A experiência de "ler" um fininho é única né...hehe...
Abraço...

5:23 PM  
Anonymous Anônimo disse...

eu m declaro inocente de qlqr acusação!

9:46 AM  

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