Frustração
Queria sentir a umidade do asfalto lavado
cimentar na parede fresca e lisa do edifício
saltitar em cada sílaba pedregosa do paralelepípedo
Queria verter água como a fonte lamurienta
dobrar junto dos degraus da escadaria e dos sinos da igreja
abraçar com a mureta as ondas anãs e inquietas do rio
Queria derreter no gelo penetrado pela luz solar
e sólido, liquido e gasoso experimentar as vielas que desconheço
(para registrar também as dores e (dis)sabores desta aldeia)
Queria esquentar como a lã e desmaiar transfigurado no feltro de um lençol
amaciado em travesseiro e silenciado pela atmosfera inanimada das alcovas contíguas pela madrugada
Queria sentir a cidade pulsando em minhas veias, poros, fios de cabelo, pestanas, membros, sentidos e pêlos.
Guardaria comigo seu cheiro, sua cor e seus ruídos.
Guilherme
cimentar na parede fresca e lisa do edifício
saltitar em cada sílaba pedregosa do paralelepípedo
Queria verter água como a fonte lamurienta
dobrar junto dos degraus da escadaria e dos sinos da igreja
abraçar com a mureta as ondas anãs e inquietas do rio
Queria derreter no gelo penetrado pela luz solar
e sólido, liquido e gasoso experimentar as vielas que desconheço
(para registrar também as dores e (dis)sabores desta aldeia)
Queria esquentar como a lã e desmaiar transfigurado no feltro de um lençol
amaciado em travesseiro e silenciado pela atmosfera inanimada das alcovas contíguas pela madrugada
Queria sentir a cidade pulsando em minhas veias, poros, fios de cabelo, pestanas, membros, sentidos e pêlos.
Guardaria comigo seu cheiro, sua cor e seus ruídos.
Guilherme
1 Comentários:
Grande Guilherme...uma vez me disse um poeta: "a poesia não pode ser explicada. Pois se fosse, perderia a graça". Muito bom, parabéns!!!
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